Autor: Helena Magalhães
Ano de edição: 2008
Editora: Cultura e Saberes
Encadernação: Capa mole
Sinopse
Confesso que durante todo o tempo que falei com as vitimas de violência doméstica, tive de me auto disciplinar, para que os momentos não se tornassem mais penosos. Houve momentos que os meus dedos teimavam em não tocar no teclado do meu portátil silenciando-as a um mutismo que jazia lentamente.
Às vezes os meus olhos humedeciam-se e eu vestia-me de raiva e perguntava porquê. Tive uma cumplicidade enorme com estas sete mulheres. Mulheres que deixaram a porta aberta para eu entrar um pouco nas suas almas. Almas feridas, olhos ausentes, mãos nervosas sobre a mesa. Olhavam o frio do meu gravador, para poderem olhar-me de seguida e vomitarem as dores mais uma vez. Houve portas que se fecharam, vontades que recolheram, rostos que se esconderam. O medo, a vergonha, a dependência económica, os filhos, a sociedade, as feridas, gritavam mais alto.
São histórias reais que acontecem todos os dias. Mulheres que todos os dias passam por nós, e que escondem dentro delas o sofrimento, mulheres com a companhia de ninguém, mulheres que têm de fingir que a vida está bem. Mulheres mal tratadas que têm de deixar as suas casas e partir para casas de abrigo em busca de uma nova identidade. Ainda hoje sinto a profundidade dos seus olhares, a metamorfose das suas vozes, as mãos de algumas a agarrarem as minhas e numa súplica pedirem-me para escrever, para mostrar cá fora o que são as suas vidas. Como se elas vivessem lá dentro, pensava eu... No fim consegui entender essa expressão: mostrar cá fora. É que elas viviam nos cantos de uma prisão e queriam «Romper as Grades da Vida»...
“Romper as grades da vida” retrata histórias reais que acontecem todos os dias.Luisa, Gabriela, Rosalina, Mariana, Joana, Guadalupe e Margarida, 7 mulheres vitimas de violência doméstica que deixaram abrir a cortina do medo. Mulheres embrulhadas no silêncio das lágrimas, no mutismo de gestos calcados e marcados para sempre, mulheres com a cor dos olhos despida de esperança e vestida de medo.
Helena Magalhães é natural de Peso da Régua, actualmente é responsável pela biblioteca do Colégio Sete Fontes, em Braga.
Obras da autora:
Vidas Separadas - Romance
Romper as grades da vida - Histórias verídicas
A Magia de um Sonho - Infantil
A Cidade de Vidro - Infantil
A Maça Bravo de Esmolfe e a Lagarta Jeremias - Infantil
Confesso que durante todo o tempo que falei com as vitimas de violência doméstica, tive de me auto disciplinar, para que os momentos não se tornassem mais penosos. Houve momentos que os meus dedos teimavam em não tocar no teclado do meu portátil silenciando-as a um mutismo que jazia lentamente.
Às vezes os meus olhos humedeciam-se e eu vestia-me de raiva e perguntava porquê. Tive uma cumplicidade enorme com estas sete mulheres. Mulheres que deixaram a porta aberta para eu entrar um pouco nas suas almas. Almas feridas, olhos ausentes, mãos nervosas sobre a mesa. Olhavam o frio do meu gravador, para poderem olhar-me de seguida e vomitarem as dores mais uma vez. Houve portas que se fecharam, vontades que recolheram, rostos que se esconderam. O medo, a vergonha, a dependência económica, os filhos, a sociedade, as feridas, gritavam mais alto.
São histórias reais que acontecem todos os dias. Mulheres que todos os dias passam por nós, e que escondem dentro delas o sofrimento, mulheres com a companhia de ninguém, mulheres que têm de fingir que a vida está bem. Mulheres mal tratadas que têm de deixar as suas casas e partir para casas de abrigo em busca de uma nova identidade. Ainda hoje sinto a profundidade dos seus olhares, a metamorfose das suas vozes, as mãos de algumas a agarrarem as minhas e numa súplica pedirem-me para escrever, para mostrar cá fora o que são as suas vidas. Como se elas vivessem lá dentro, pensava eu... No fim consegui entender essa expressão: mostrar cá fora. É que elas viviam nos cantos de uma prisão e queriam «Romper as Grades da Vida»...
“Romper as grades da vida” retrata histórias reais que acontecem todos os dias.Luisa, Gabriela, Rosalina, Mariana, Joana, Guadalupe e Margarida, 7 mulheres vitimas de violência doméstica que deixaram abrir a cortina do medo. Mulheres embrulhadas no silêncio das lágrimas, no mutismo de gestos calcados e marcados para sempre, mulheres com a cor dos olhos despida de esperança e vestida de medo.
Helena Magalhães é natural de Peso da Régua, actualmente é responsável pela biblioteca do Colégio Sete Fontes, em Braga.
Obras da autora:
Vidas Separadas - Romance
Romper as grades da vida - Histórias verídicas
A Magia de um Sonho - Infantil
A Cidade de Vidro - Infantil
A Maça Bravo de Esmolfe e a Lagarta Jeremias - Infantil
Um livro que relata a vida de 7 mulheres que são vítimas de violência doméstica.
7 mulheres, sete histórias. Todas realidade! Apenas os nomes e os locais são fictícios.
A origem deste livro está num desabado de uma jovem, que era vitima de maus tratos. A autora envolveu-se de tal forma no caso que decidiu investigar e falar com outras mulheres vitimas de maus tratos.
Esta autora tem a esperança que esta sua obra possa contribuir para diminuir os números de violência doméstica.
7 mulheres, sete histórias. Todas realidade! Apenas os nomes e os locais são fictícios.
A origem deste livro está num desabado de uma jovem, que era vitima de maus tratos. A autora envolveu-se de tal forma no caso que decidiu investigar e falar com outras mulheres vitimas de maus tratos.
Esta autora tem a esperança que esta sua obra possa contribuir para diminuir os números de violência doméstica.
Leitura terminada a 14/05/2010
Classificação 3/7 Razoável
Classificação 3/7 Razoável
Deve ser um livro forte de emoções.
ResponderEliminarBoas leituras.
Paula marques