"Quando terminei de ler A Criança que não queria falar
fiquei com vontade de saber o que aconteceu com aquela criança.
Era uma histórica verídica de uma menina de 6 anos,
uma mente brilhante que estava no inicio da vida,
a história não poderia terminar ali.
Efectivamente a história não termina ali
e a continuação está em
A Menina que nunca chorava."
Torey Hayden e Sheyla haviam-se separado ao fim de um ano de ensino especializado que passaram juntas, em que Torey era a professora e Sheyla uma das crianças perturbadas, de seis anos. Tinham sido muito felizes durante esse tempo, e, no entanto a vida separou-as.
Tor tentou manter contacto com a menina, escrevendo-lhe e à professora com quem a ela tinha ficado. Mas, ao fim de algum tempo não sabia nada acerca do paradeiro de Sheyla.
Assim, Hayden seguiu com a sua vida e sete anos depois voltou à cidade onde tinha dado aulas a Sheyla. Torey estava decidida a encontrá-la e conseguiu-o. O reencontro entre as duas não foi o que esperava.
Sheyla estava muito diferente. Tinha catorze anos e uma indumentária estranha, não era mais a menina de seis anos com t-shirt branca e jardineiras de ganga que Torey conhecera e esperava encontrar. A relação entre as duas nada tinha de parecido com a que existia a anos atrás. Era como se Sheyla não reconhecesse Torey e nem sequer se lembrasse dos momentos marcantes que tinham passado juntas
Hayden queria mostrar a Sheyla o livro que havia escrito sobre a sua relação com ela há sete anos atrás, na aula de ensino especializado. Queria saber a sua opinião sobre o mesmo, já que o queria publicar. Sheyla leu-o, mas pareceu-lhe absolutamente estranho, não se lembrava de praticamente nada o que ali era contado e Torey ficou muito desiludida.
Tor trabalhava numa clínica para crianças com problemas e estava a organizar um programa de verão, por isso convidou Sheyla para a ajudar com as crianças e para avivar-lhe a memória das tão boas recordações que tinha dos momentos que passaram juntas. Tudo correu bem durante o projecto. Sheyla afeiçoara-se a um menino em particular, Alejo, por este ter passado por uma vida idêntica à sua.
Num fim-de-semana, em que as duas foram passar juntas, o do 4 de Junho, Torey descobriu exactamente o que tornava tão estranha a forma como Sheyla a tratava. Quando Torey se separou dela, as memórias que tinha da mãe (que a abandonara quando era muito pequena) confundiram-se e julgava ser Torey a mulher que no meio da noite, na estrada, a abandonara.
Mais uma vez, depois do projecto de Verão, as duas separaram-se. O pai de Sheyla tinha sido uma vez mais preso e a rapariga encontrava-se à salvaguarda de um rancho. Torey encontrou-a de novo passados dois anos.
O livro mostra-nos a forma como os fantasmas do passado perseguem as crianças que foram abandonadas, Sheila nunca desiste de tentar encontrar a mãe, sonha com ela e com o momento em que se irão encontrar.
“Querida Mãe,
Quero viver contigo, Estou farta de viver com o Pai. Não é que tenha acontecido alguma coisa ruim, porque há muito tempo que nada de ruim acontece, só que fico farta dos seus modos. De me preocupar com ele, de me preocupar com a bebida e de me preocupar com as drogas e de me preocupar com o que vai acontecer com o nosso dinheiro e de me preocupar se se vai meter de novo em sarilhos e de me preocupar com o que me vai acontecer. Quero viver contigo..... "
"Querida Mãe,
A vida está a ser boa para mim. Tenho um grande emprego e o meu próprio apartamento e um cão chamado Mike. Desculpa, já não penso muito em ti. Quero faze-lo, mas não tenho tempo. É pena que nunca me tenhas conhecido. Penso que terias gostado de mim.”
Já tive oportunidade de ler este livro...um pouco triste...crianças que sofrem sem terem culpa de nada.
ResponderEliminarTambém eu já não consigo chorar...
ResponderEliminarOi Marta!
ResponderEliminarMais uma dica ótima! Já estou com a mão coçando para comprar esses livros!
Bjs
Divulgando literatura.
ResponderEliminarMuito bem!
Cumprimentos