segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"A Dança das Borboletas"

A Dança das Borboletas
de Poppy Adams
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 320
Editor: Porto Editora
Idioma: Português

Sinopse
Assomando à janela do primeiro andar da mansão degradada que em tempos fora a sua idílica casa de família, Ginny aguarda ansiosamente a chegada da irmã, que partiu há quarenta e sete anos e nunca mais voltou. Especialista em borboletas, Ginny leva uma vida de reclusão, com medo de se aventurar no mundo exterior.
Com o regresso de Vivien, os segredos que provocaram a separação das duas irmãs irão perturbar o quotidiano de Ginny muito para além das rotinas precisas que lhe definem os dias.
Das suas infâncias, apenas o sótão da casa permanece inalterado, com as suas paredes revestidas com mostruários de borboletas cuidadosamente preservadas ao longo de várias gerações.
Narrado pela voz inesquecível de Ginny, este brilhante romance de estreia descreve-nos o que as famílias são capazes de fazer - especialmente em nome do amor.

Primeiras Páginas


Poppy Adams é licenciada em Ciências Naturais pela Universidade de Durham e colabora como realizadora de documentários com a BBC, o Channel 4 e o Discovery Channel. Este seu romance de estreia, A Dança das Borboletas, foi finalista do Costa Book Awards para primeiro romance e foi alvo de rasgados elogios da crítica literária, tendo a sua escrita sido comparada às de Patricia Highsmith e A.S. Byatt. Vive em Londres com o marido e os três filhos.

Opinião
Um livro que passa despercebido, com uma capa pouco apelativa e de uma autora desconhecida… mas ao ler a sinopse, convenci-me que seria uma leitura diferente e agradável. Adquiri o livro mas só a quarta tentativa é que consegui terminar a sua leitura, dai ser-me difícil escrever sobre ele.

Ginny é a narradora desta história, uma personagem enigmática, extraordinária, especial, peculiar, obcecada com a organização, com os relógios e o tempo, com muitas dificuldades de integração na sociedade, que vive sozinha numa casa enorme, que não comunica com ninguém, não sai de casa, não entra em muitas divisões da sua casa á muitos anos… Fiquei sem perceber se Ginny não teria mesmo alguma deficiência… Ginny narra-nos uma história inquietante, recheada de insegurança, duvidas, segredos… Mas a sua narração é tão próxima e íntima do leitor, que este acredita que possa ter sido real. Uma obra com uma grande componente psicológica.

Além de Ginny, temos a Vivien sua irmã. Que já não entrava na casa de família a 47 anos. O leitor é informado de todos os detalhes deste reencontro de irmãs. Apesar da obra se centrar mais nas revelações do passado, infância, adolescência, vida amorosa, vida familiar, defeitos e virtudes… destas irmãs e dos seus Pais.

No momento em que o leitor vê Ginny como uma mulher infeliz que sempre viveu em detrimento da felicidade dos outro e Vivien, como a lutadora, modernaça, que sempre lutou pelos seus objectivos… chega à reta final da sua leitura e descobre que a mulher insegurança, diferente, esquisita, que era Ginny, tem uma força brutal e não era assim tão ingénua, como parecia.

Ginny estudava a comportamento das traças, era uma lepidóptera, todas as informações, relatos, experiencias sobre as traças e as borboletas é simplesmente magnifica. Poppy Adams está realmente de parabéns, por partilhar com o leitor, este vasto conjunto de informações. Para mim foi o aspecto positivo desta leitura, toda esta paixão pela profissão, narrada de uma forma muito diferente e invulgar.

Leitura realizada em Agosto/2011
Classificação: 3/7 Razoável

LEPIDÓPTEROS (curiosidade)


"As borboletas são, possivelmente, os insetos mais vistosos, mais ornamentais, mais apreciados pela beleza das asas, mais citados pela literatura poética, mais impressos, pintados e desenhados, mais úteis para polinização e, paradoxalmente, mais massacrados pelo homem. Seja para confeccionar adornos de discutível gosto para vender a turistas, ou espetar alfinetes e “colecioná-los” sem qualquer critério; seja pelo nefando hábito de matar as lagartas do bicho conhecidas como, taturanas e mandorovás e bichos-cabeludos, os pobres insetos servem aos instintos mórbidos e ganância comercial humanos numa escala sem precedentes e, pior, sem terem “culpa no cartório”. Sempre que vejo alguém eliminando lagartas das plantas pergunto o porquê e, quase sempre a resposta é porque são nocivas, feias, prejudiciais. Quando pergunto se a pessoa gosta de borboletas a resposta, invariavelmente é sim." (Continuação)

2 comentários:

  1. Olá adoro seu blog
    visite o meu blog e leia o primeiro capítulo do meu livro "O retorno"
    ficarei muito grato
    um abraço

    ResponderEliminar
  2. Muito bom pelo que vi este livro, já havia lido um pouco , mas nao era meu irei ler se Deus quiser! LINDO BLOG!!!bjs

    ResponderEliminar