sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"O Leitor"

O Leitor de Bernhard Schlink
Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 144
Editor: Edições Asa

Sinopse
Em 1960, Michael Berg é iniciado no amor por Hanna Schmitz. Ele tem 15 anos, ela 36. Ele é apenas um adolescente. Ela é uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta e finalmente fazem amor. Mas este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece subitamente

Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes.

Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, O Leitor, é desde O Perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Já traduzido em 39 línguas, a obra está a ser adaptada ao cinema. Para além disso, este romance foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt.

Excertos
“Durante a minha vida, fiz muitas vezes coisas que não tinha decidido fazer, e não fiz outras que tinha firmemente decidido fazer” pág. 16

“Ao sabermos o que é melhor para o outro, e sabendo que ele se nega a vê-lo, temos que tentar abrir-lhe os olhos. Devemos deixar-lhe sempre a última palavra, mas temos que falar com ele, com ele e não com outra pessoa nas suas costas.” pág. 94

“Quando se deixa passar o momento certo, quando alguém recusou algo tempo de mais, quando nos é recusado algo tempo de mais, esse algo chega forçosamente demasiada tarde mesmo que seja realmente desejado com força e acolhido com alegria” pág. 124

Opinião
É um romance sobre a relação de amor entre uma mulher mais velha e um rapaz mais novo, ela acaba por desaparecer sem lhe dizer nada. Passado uns anos quando ele esta a fazer um estagio no seu curso de advocacia e vai assistir a um julgamento descobre que uma das acusadas é a mulher com quem, na infância, teve um romance muito caloroso.

Essa mulher é uma ex-nazista e esta a ser julgada, pelos incidentes que ocorreram num campo de concentração no qual ela era uma das guardas. A mulher é condenada por ser a mandante de um crime com os judeus mas ele descobri que ela é inocente, mas não fala e ela é presa.

O que eu gostei mais neste livro, foi a relação que ele tem com a leitura, os livros.
Querem saber qual é a relação dos livros com esta história? É favor ler o livro…

Leitura terminada a 13/08/2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"A Sombra do Vento"

“Um livro sobre outro livro, cheio de cenas fantásticas e maravilhosas. Logo que se começa a ler não se pode largar” Joschka Fisher
A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón
Edição/reimpressão:
2004
Páginas: 507
Editor:
Dom Quixote

Sinopse

Numa manhã de 1945 um rapaz é conduzido pelo pai a um lugar misterioso, oculto no coração da cidade velha: o Cemitério dos Livros Esquecidos. Aí, Daniel Sempere encontra um livro maldito que muda o rumo da sua vida e o arrasta para um labirinto de intrigas e segredos enterrados na alma obscura da cidade.

Juntando as técnicas do relato de intriga e suspense, o romance histórico e a comédia de costumes, "A Sombra do Vento" é sobretudo uma trágica história de amor cujo eco se projecta at
ravés do tempo. Com uma grande força narrativa, o autor entrelaça tramas e enigmas ao modo de bonecas russas num inesquecível relato sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros, numa intriga que se mantém até à última página.

Autor

Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona em 1964. Com a sua primeira obra, "El Príncipe de la Niebla", obteve o Prémio Edebé em 1993. Desde então publicou quatro romances e converteu-se numa das revelações literárias dos últimos tempos. Com "A Sombra do Vento", finalista do Prémio de Romance Fernando Lara 2001 e do Prémio Llibreter 2002, eleito Melhor Livro de 2002 pelos leitores de La Vanguardia, e publicado em mais de 20 línguas, está a obter um dos maiores êxitos internacionais da literatura espanhola. Actualmente, Carlos Ruiz Zafón reside em Los Angeles.

Excertos:

“- Pois bem, esta é uma história de livros.

- De livros malditos, do homem que os escreveu, de uma personagem que se escapou das páginas de um romance para o queimar, de uma traição e de uma amizade perdida. É uma história de amor, de ódio e dos sonhos que vivem na sombra do vento”
Pag.192

“O tempo passa tanto mais depressa quanto mais vazio está. As vidas sem significado passam de largo como comboios que não param na nossa estação.” Pag.447

“Bea diz que a arte de ler está a morrer muito lentamente, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro, que ao ler aplicamos a mente e a alma, e que estes são bens cada dia mais escassos” Pag.504

Opinião

Mal acabei de ler este livro, classifiquei-o como um dos meus livros favoritos, fazia tempo que não lia uma historia que me emocionasse e prendesse tanto...

A Sombra do Vento usa o cenário de Barcelona, com suas largas avenidas, seus casarões abandonados, sua atmosfera gótica, para ambientar um romance que é também uma reflexão sobre o poder da cultura e a tragédia do esquecimento.


A busca de Daniel marca a sua transformação de menino em homem, e desperta nos leitores um fascínio renovado pelos livros e pelo poder que eles podem exercer. Ao ler A Sombra do Vento, o desejo que se tem é de, assim como o menino Daniel, abrir as portas do Cemitério dos Livros Esquecidos e descobrir em seus infindáveis corredores o livro que mudará nossas vidas.

Dei por mim a ler mais depressa, quando havia uma cena mais intensa, e a ler mais devagar, quando descrevia momentos passados, importantes para o deslindar da história, ou momentos mais emotivos.


Simplesmente Fantástico, Extraordinário, Adorei… Para quem aprecia a leitura de “suspense”, uma excelente leitura.
Leitura terminada a 11/08/2009